Tectônica de Placas

Tectônica de Placas: 
A teoria da Tectônica de Placas discorre que a litosfera (porção rígida da superfície da terra, que engloba a crosta e porções superiores do manto) não é continua, no entanto, esta fragmentada em um mosaico de 12 grandes placas, as quais estão em movimento sobre a superfície, e é também por meio da interação dessas que feições geológicas se desenvolvem. A dinâmica das placas tectônicas advém da energia proveniente no núcleo da terra e das convecções (processo de transmissão de calor) do manto. Tais transformações ocorrerem em 3 tipos de limites: divergentes, convergentes ou conservativos. Em síntese nos limites divergentes, as placas afastam-se criando uma nova litosfera (a área da placa aumenta), nos limites convergentes ocorre a colisão entre placas e uma dessas placas é reciclada retornando ao manto (a área da placa diminui) e por fim nos limites conservativos, as placas deslizam horizontalmente (movimento paralelo) uma em relação a outra, logo sua área permanece constante.
Limites convergentes:

Os limites convergentes ocorremquando as placas litosféricas colidem-se frontalmente, a partir da diferençade densidades entre as placas, a mais densa mergulha sob a outra, a qual, entra em fusão parcial em profundidade e nesses limites encontra-se fossas e arcos vulcânicos. Existem três tipos de limites convergentes: a convergência oceano-oceano, convergência oceano-continente e convergência continente–continente.

Na convergência oceano-oceano as duas placas envolvidas são oceânicas e ocorre o processo de subducção. Aplaca que está em subducção afunda e é reciclada pelo sistema de convecção do manto. Neste processo, há a criação de uma grande depressão no fundo dos oceanos: as fossas marítimas, essadenominada também como arco de ilhas. Um exemplo dessa convergência são os arcos de ilhas no Japão.


Imagem: Subducção de duas placas oceânicas. Fonte:  http://ufrr.br/lapa/index.php?option=com_content&view=article&id=%2094 

 A Convergência oceano-continente ocorre entre uma placa oceânica e uma placa continental. A placa continental por apresentar menor densidade flutua sobre a placa oceânica. A consequência direta disso é a deformação da placa continental, causando um enrugamento, e quesomado com a grande atividade vulcânica, resulta na formação de grandes cordilheiras. Podemos citar como exemplo, a Cordilheira dos Andes, efeito do encontro entre a placa de Nazca e a placa Sul-Americana. Os vulcões nesses limites são ativos e mortais e alguns dos maiores terremotos do mundo também foram registrados ao longo desse limite.


Imagem: Convergência oceano-continente. Fonte: http://jaorisa2013.blogspot.com.br/2013/08/tectonica-de-placas.html.

E a Convergência continente-continente ocorre em placas que envolve dois continentes, e é também denomina de cadeias montanhosas resultantes de colisão continental, ou seja, o que acontece é um constante esmagamento de suas rochas, provocando a formação de dobramentos (orogênese). Estas regiõessão suscetíveis a terremotos de larga escala devida a característica quebradiça das rochas. Um exemplo é o Himalaia, originado, há milhões de anos, como consequência do choque entre a Placa Indiana e a Placa Euroasiática.


Imagem: Colisão de duas placas continentais. Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfuTwAH/placas-tectonicas?part=3 

Limites conservativos:

Este limite ocorre no momento em que duas placas se movem lateralmente em direções opostas, ao longo de um sistema (fraturas) denominado falhas transformantes, não havendo geração de crosta ou destruição da mesma.

Imagem: Falhas transformantes, as flechas indicam o sentido do movimento da crosta. Fonte: https://midia.atp.usp.br/impressos/lic/modulo02/geologia_PLC0011/geologia_top04.pdf 

Grande parte das falhas transformantes ocorre no oceano, gerando feições de zig zag, pois, estas são transversais a cadeia Mesoceânicas. Todavia, eventualmente essas falhas podem se estender para o continente, sendo este o caso da falha de San Andreas, que de acordo com Teixeira “no lado oeste da falha encontra-se a Placa Pacífica, que se estende da Califórnia até o leste da Ásia. A leste dela fica a placa Norte-Americana. Na zona de interação entre as duas placas, a costa da Califórnia desliza lentamente para noroeste em relação ao restante do continente”


Imagem: Falha de San Andreas. Fonte: http://geoconceicao.blogspot.com.br/2013/03/falha-de-san-andreas.html 

Há registros de que nos últimos 20 milhões anos a placa pacífica se moveu cerca 560 km. em relação a placa adjacente. No assoalho oceânico ocorrem situações complexas em relação às falhas transformantes, pois há interações de placas, que segundo Teixeira “pode conectar limites entre placas convergentes e divergentes”, um exemplo dessa ocorrência é a interação entre a placa Pacífica, Antártica e a de Nazca. Segue em síntese como ocorre o limite conservativo:

Imagem: Síntese do que é o limite conservativo. Fonte: https://i1.wp.com/www.netxplica.com/figuras/exanac/varias/limites.placas.tectonicas 

Limites divergentes:

Como o próprio nome sugere, ocorre o afastamento das placas tectônicas, e a consequente formação de fraturas nessas localidades o magma se solidifica formando a renovação da crosta. Tal movimento é responsável pela formação de dorsais oceânicas.



Imagem: Representação da formação de dorsal meso-ocêanicaFonte: https://universodageografiablog.wordpress.com/tag/placas-tectonicas/ 

Bibliografia:

PRESS, F.; GR OTZINGER, J.; SIERVER, R.; JORDAN, T. H. Para entender a Terra. 4ª ed. Porto Alegre: Bookam, 2006.
TEIXEIRA, W.; FAIRCHILD, T. R.; TOLEDO, M. C. M.; TAIOLI, F. Decifrando a Terra. 2ª ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009.
TEIXEIRA, W.; Tectônica Global 4 Tópicos, Geologia ambiente na terra, Licenciatura em ciências.USP/Univesp. Disponível em: https://midia.atp.usp.br>geologia_top04. Acesso em: 30 de novembro de 2017.



Discentes: Amada Rodrigues Leite, Letícia Garcia Rodrigues de Camargo e Leticia Lauane de Souza.

Comentários